A pesquisa sistematiza e busca o reconhecimento para o Projeto Aroeira, em estudos teóricos e práticos já existentes. Um Projeto de Extensão que integra o Programa de Formação Teatral da Universidade Federal do Oeste da Bahia, os quais o autor coordena. O recorte do Projeto é feito entre os anos de 2016 a 2018. Nesse período aulas de Teatro aconteceram para mulheres trabalhadoras rurais da comunidade de Coragiga no oeste baiano. Trata-se de uma experiência inédita para as aroeiras e para o autor: mulheres que nunca tinham feito, nem visto Teatro e um professor que nunca havia experimentado o Teatro com o perfil das aroeiras. Nasce, assim, o primeiro grupo teatral formado por trabalhadoras rurais no oeste baiano.
Como ponto de partida, pergunta-se: Em que medida o Teatro contribui para a transformação de mulheres do mundo rural ao experimentarem o mundo da cena?
Chega-se a uma encruzilhada onde Teatro, Educação, Sociologia e Psicanálise atravessam a prática estudada.
A arte e a vida se confundem em cena. No Projeto Aroeira, nos orientamos em representar sem reapresentar a vida já vivida. Transformamos tudo que foi em atmosfera de reflexão, encanto, alegria e gozo estético. Transforma-se, aqui, os agenciamentos da própria existência. Onde a memória foi gatilho para criação artística.