Banca de DEFESA: MARIANA RAMOS PITTA LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANA RAMOS PITTA LIMA
DATA : 21/06/2022
HORA: 13:00
LOCAL: https://us06web.zoom.us/j/83344063292?pwd=TkJUd05OL21EeXduUlVKNGpRT2tNQT09
TÍTULO:

Tecnologias biomédicas e aborto em uma maternidade pública de Salvador: estudo etnográfico.


PALAVRAS-CHAVES:

Tecnologias reprodutivas; Aborto; Saúde Coletiva; Antropologia da Reprodução; Saúde reprodutiva.


PÁGINAS: 300
RESUMO:

A tese analisa as práticas de tecnologias biomédicas nos cuidados relacionados ao abortamento, em uma maternidade pública de Salvador, Bahia, a partir de um estudo etnográfico. Trata-se de uma etnografia sobre as tecnologias que fazem parte do itinerário reprodutivo e abortivo e da atenção hospitalar pós-abortamento das mulheres em Salvador, Bahia, enfocando a ultrassonografia obstétrica (USG). Foram realizadas observações participantes em uma maternidade pública e em palestras e eventos da área de ultrassonografia, além de entrevistas em profundidade e informais com mulheres e profissionais de saúde. O argumento principal da tese é que as tecnologias biomédicas, ou tecnologias reprodutivas especificamente, incluindo a USG obstétrica, ao assumir diferentes agências, participam em relação com atores humanos, mulheres e profissionais, na produção de múltiplas realidades e saberes sobre as questões reprodutivas ou de controle da reprodução – entre elas a gravidez, o aborto – tendo em vista o espaço, tempo e camadas do corpo onde intervém e são praticadas, em locais específicos em que estão situadas. Nisso, as tecnologias instauram relações sociais, que são marcadas pelo próprio hospital, que é uma tecnologia englobante na atenção ao abortamento em Salvador. Propõe a noção de ‘itinerários epistemológicos’ para sintetizar a produção de conhecimentos de mulheres ao longo do processo procriativo e abortivo, em relação com tecnologias, sobre o próprio corpo e o conteúdo que se forma no útero durante a gestação, visualização e sua expulsão. Mostra como a estratificação colabora na produção dessas realidades múltiplas, seja do ponto de vista dos profissionais de saúde ou das mulheres. Discute a relação entre o mercado de equipamentos, e as dicotomias entre os serviços públicos e privados. São analisadas as tecnologias biomédicas praticadas no hospital, entre estas, protocolos, fichas, USG e curetagem. Conclui-se que o hospital como tecnologia – e as realidade múltiplas ali emergentes – participam da produção de (in)justiça reprodutiva (liberdade e justiça).


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - NAARA LÚCIA DE ALBUQUERQUE LUNA - UFRRJ
Externa à Instituição - ROSANA MARIA NASCIMENTO CASTRO SILVA - UERJ
Externa à Instituição - EMILIA SANABRIA - CNRS
Presidente - 1678241 - CECILIA ANNE MCCALLUM
Interna - 405.836.197-20 - ESTELA MARIA MOTTA LIMA LEAO DE AQUINO - UFBA
Externa à Instituição - GREICE MARIA DE SOUZA MENEZES - UFBA
Notícia cadastrada em: 13/06/2022 13:16
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