Banca de DEFESA: TAINÃ QUEIROZ SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TAINÃ QUEIROZ SANTOS
DATA : 02/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Remotamente
TÍTULO:

Melanoma é o quê com esse nome tão estranho?: realidades e corpos múltiplos na construção da doença.


PALAVRAS-CHAVES:

Melanoma. Práticas. Realidades múltiplas. Annemarie Mol. Assistência à saúde.


PÁGINAS: 111
RESUMO:

O melanoma, enquanto uma doença oncológica com novas abordagens farmacológicas foi considerado, neste trabalho, como meio para pensar as realidades múltiplas de Annemarie Mol. Essa abordagem teórico-metodológica tem enfoque nas práticas cotidianas em que elementos heterogêneos estão relacionados à produção de múltiplas versões da doença. No caso, esta dissertação teve como objetivo geral explorar as realidades múltiplas através das vivências e dos relatos produzidos sobre o melanoma e seu tratamento farmacológico em distintos contextos. Para alcançá-lo, tomou-se como caminho os seguintes objetivos específicos: a) tracejar as múltiplas relações entre a doença e os medicamentos oncológicos nos ambientes específicos (artigos científicos, diretrizes biomédicas, hospital e unidades oncológicas); b) demonstrar como, no dia a dia, a doença e seu tratamento produzem corpos e distintos modos de vida; c) indicar as ações feitas no cotidiano e os diversos elementos mobilizados para que os tratamentos ocorram. Como técnica para a produção de dados, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas realizadas com pessoas em tratamento farmacológico para o melanoma maligno, entretanto as conversas informais, a observação dos locais percorridos e as anotações em diário de campo ganharam relevância para a construção das realidades, aqui, apresentadas. No total, foram dez entrevistas transcritas, quatro delas realizadas com pessoas em uso de farmacoterapias em instituições e serviços oncológicos privados e duas em tratamento em uma instituição filantrópica do sistema público de saúde. Duas profissionais de saúde: uma enfermeira e uma dermatologista, dessa instituição, também foram entrevistadas. Nenhum diagnóstico veio isolado e implicou na mobilização de distintos elementos, bem como na participação ativa dos envolvidos para que os benefícios dos tratamentos biomédicos indicados fossem alcançados. As intervenções, por meio das quimioterapias e imunoterapias, moldaram não apenas melanomas distintos, mas, inevitavelmente, diferentes modos de viver, lidar e construir corpos com a doença. Sistemas de saúde, diretrizes terapêuticas, órgãos públicos, explicações biomédicas, pessoas que cuidam, expectativas e angústias emergiram em uma rede de associações que fizeram o melanoma e as terapias realizadas assumirem caráter múltiplo nas práticas vividas. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2206685 - IARA MARIA DE ALMEIDA SOUZA
Presidente - 1433789 - JORGE ALBERTO BERNSTEIN IRIART
Externo ao Programa - 1999034 - LITZA ANDRADE CUNHA
Notícia cadastrada em: 26/11/2020 19:25
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