Banca de DEFESA: TASSIANY CAROLINE SOUZA TRINDADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TASSIANY CAROLINE SOUZA TRINDADE
DATA : 01/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: https://us06web.zoom.us/j/85089259881?pwd=55GGatUb9MPZ6Qn8nFNuCcj8ObDNRE.1
TÍTULO:

ASSOCIAÇÃO ENTRE RAÇA/COR E SABER LER E ESCREVER NAS COMUNIDADES DE TERREIRO DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Comunidades afro-brasileiras; Condições de Vida; Brasil; Cadastro Único para Programas Sociais


PÁGINAS: 65
RESUMO:

As comunidades de terreiros historicamente apresentam os efeitos das desigualdades sociais, que estigmatizam e discriminam sua cultura e modos de produção de vida. As consequências da privação de direitos sociais como educação e saúde, ferem os princípios fundamentais que asseguram a existência humana e a promoção da justiça social. As desigualdades sociais, educacionais e em saúde fazem parte da rotina dessas comunidades, assumindo não apenas um resquício histórico da escravidão, como também resultado das iniquidades raciais que nunca deixaram de existir no Brasil. Este trabalho tem como objetivo geral investigar a associação entre saber ler e escrever e raça/cor na população maior de 18 anos pertencentes a comunidades terreiro do Brasil registradas no Cadastro Único para Programas Sociais nos anos de 2018 a 2019. Trata-se de estudo de metodologia quantitativa, de cunho transversal analítico, que utiliza dados secundários coletados do CadÚnico. Análises foram conduzidas a partir da variável desfecho (saber ler e escrever), exposição (raça/cor) e as covariáveis (faixa-etária, sexo, pessoa que frequenta escola, local do domicílio, pessoa com trabalho remunerado no último ano, renda e beneficiário do Bolsa Família). Estimou-se Odds Ratio e respectivo intervalo de confiança de 95%. Os resultados apontaram que indivíduos negros, maiores de 18 anos pertencentes às comunidades de terreiro tinham 2,05 vezes maior probabilidade de não saber ler e escrever, quando comparados com os indivíduos não negros, bem como, ser do sexo masculino, ter 60 anos ou mais, residirem na zona rural, nunca ter frequentado a escola e ter renda até um saláriomínimo. Os achados do estudo demonstraram a existência de associação entre saber ler e escreve e a raça/cor. O que reforça a necessidade de melhoria no acesso da população negra, em especial pertencentes as comunidades de terreiro, a educação formal que possibilite mudança nas suas condições de vida e saúde.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA CLAUDIA MORAIS GODOY FIGUEIREDO
Interna - 2570813 - CLARICE SANTOS MOTA
Presidente - 1226136 - JOILDA SILVA NERY
Interna - 1273026 - LENY ALVES BOMFIM TRAD
Notícia cadastrada em: 30/01/2024 10:12
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