Banca de DEFESA: MARIA CLAUDIA PERES MOURA LUNA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA CLAUDIA PERES MOURA LUNA
DATA : 18/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: https://us02web.zoom.us/j/83757442413?pwd=UExISjVHcDBiY1F5bWVLV1hsaWhKZz09
TÍTULO:

Intoxicações agudas fatais não intencionais por agrotóxicos no Brasil – desafios da notificação e registro e implicações nos indicadores de mortalidade.


PALAVRAS-CHAVES:

Intoxicação aguda não intencional por agrotóxicos na agropecuária, subregistro intoxicação aguda não intencional por agrotóxicos


PÁGINAS: 174
RESUMO:

Introdução - Após a II Grande Guerra Mundial, o combate eficiente de pragas que ameaçavam a agropecuária, tornou-se prioridade nas medidas de combate à fome na Europa, Ásia e outras regiões. Foi assim que os grandes investimentos na pesquisa química surgiram e se intensificou a produção e o consumo dos agrotóxicos (pes$cides). Difundidos em todo o mundo, seus efeitos tóxicos, agudos e crônicos, para seres vivos podem ser letais, causar malformação, cânceres e transtornos mentais, neurológicos e endócrinos. Consequentemente, agrotóxicos são responsáveis por diversos agravos à saúde, dentre eles os óbitos por intoxicações agudas (IFA), objeto desse estudo. Essas IFA podem ser intencionais e resultado de violências, e não serão incluídas nesse estudo. São inúmeras as barreiras para o diagnóstico e registro de IFA, e, dentre elas, as diversas dimensões, ou camadas específicas. São elas: 1) diagnós8cos classificados com códigos da Classificação Internacional de Doenças, 10ª Rev. (CID-10) como causas básica e contribuintes; 2) o tipo/grupo de substância envolvida; 3) local de ocorrência; 4) a relação com o trabalho. Em todo o mundo, estudos demonstram a grande subidenficação, sub-registro, sub-notificação e possível sub-enumeração de óbitos por IFA, resultando na subestimação das estimativas de mortalidade. Todavia, são poucos os estudos e, não se dispõe de estimativas da extensão de registros faltantes. Objetivos – Esta pesquisa teve como objetivos: 1) iden8ficar todos os registros de óbito IFA nos SIS de âmbito nacional, acesso público e dados individuados, assim como possíveis óbitos por IFA(X48.x) com erro de classificação diagnós8ca (IFAec) e descrever as diferentes características requeridas para o diagnós8co; 2) Estimar coeficientes de mortalidade por IFA(X48.x) e IFAec em trabalhadores da agropecuária; 3) Comparar espacialmente os coeficiente de mortalidade por IFA(X48.x) e IFAec em trabalhadores da agropecuária. Métodos – Estudo 1) Estudo de série de casos, descritivo, com dados provenientes do linkage probabilístico de cinco SIS com dados anônimos, individuados e com acesso público, no período de 2008 a 2018, concernentes a óbitos com diagnóstico de IFA(X48.x) e com diagnósticos possivelmente
com erro de classificação (IFAec) capturados na causa básica/diagnóstico principal do óbito ou causas associadas/secundárias. Excluiu-se todos os homicídios e suicídios. Es8mou-se o subregistro para os SIS de cobertura universal. Estudo 2) Dados de óbitos por IFA(X48.x) e IFAec provenientes do relacionamento de cinco SIS foram u8lizados para es8mar a mortalidade por IFA(X48.x) e IFAec em trabalhadores da agropecuária no Brasil. Foi calculada a mortalidade proporcional por AT relativa a todas as intoxicações na agropecuária. Estudo 3) Estudo de distribuição espacial da mortalidade vpor IFA(X48.x) e possíveis diagnósticos com erro de classificação para IFA no período de 2008 a 2018 para os trabalhadores da agropecuária. Resultados – 1) Foram identificados cinco SIS com registro de óbitos por IFA de âmbito nacional com dados individuais e públicos e o número de campos com informação sobre diagnósticos variou entre os SIS. Foram iden8ficados 670 (23,2%) óbitos por IFA(X48.x) e 2.223 (76,8%) por IFAec. Diagnósticos com intenção indeterminada representaram 52,8% e 64,7% identificavam a substância agrotóxicos. Somente 54 óbitos foram encontrados em mais de um SIS e, destes, 29 possuíam o mesmo diagnóstico. O subregistro da IFA no SIM foi estimado em 33,8% e em 90,4% no Sinan-Intox. 2) Foram analisados 806 óbitos por IFA(X48.x) e IFAec em trabalhadores da agropecuária e foram mais frequentes em homens, na faixa-etária de 25-44 anos residentes do Nordeste. O diagnóstico com maior número de registros foi o Y19.x (29,6%), seguido pelo X48.x (25,3%) e Y18.x (18,4%). O perfil de mortalidade por IFA(X48.x) e IFAec apresentou diferenças nas variáveis analisadas. As MP-AT foram maiores no grupo IFA(X48.x), especialmente nas regiões Sul e Sudeste e trabalhadores com idade entre 55-69 anos. 3) Foram analisados 806 registros de óbitos por intoxicação aguda na agropecuária. Destes 25,3% tinham diagnóstico de IFA(X48.x) e 74,7% com diagnósticos IFAec. Os óbitos predominaram entre os homens, com idade entre 25 e 44 anos na região Nordeste. O CM teve tendência de queda em ambas classificações diagnósticas e foi maior no grupo IFAec em todo período. O CM por IFA(X48.x) foi maior em Tocantins, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ELIANA COSTA GUERRA - UFRN
Externo à Instituição - ADEMARIO GALVAO SPINOLA - UFBA
Interno - 3145830 - CLEBER CREMONESE
Interna - 2058901 - KIONNA OLIVEIRA BERNARDES SANTOS
Presidente - 1323871 - MARCIO SANTOS DA NATIVIDADE
Externo à Instituição - RAFAEL JUNQUEIRA BURALLI - USP
Notícia cadastrada em: 15/12/2023 17:12
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