SIGNIFICADOS E PERCEPÇÕES DE RISCO ASSOCIADOS AO VÍRUS ZIKA PELA POPULAÇÃO E POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA CIDADE DE SALVADOR-BAHIA
vírus zika; conhecimentos, atitudes e práticas em saúde; percepção e gestão de risco.
O Brasil vivenciou uma grave epidemia provocada pelo vírus zika entre os anos de 2015 e 2016. A microcefalia em recém-nascidos foi a primeira alteração associada a infecção intrauterina pelo vírus zika, posteriormente outras malformações congênitas também foram identificadas, condição atualmente conhecida como a síndrome congênita do vírus zika. As repercussões desta epidemia sobre a vida da população brasileira geraram uma série de recomendações por autoridades de saúde, embasadas principalmente nos avanços dos conhecimentos clínicos e biomédicos adquiridos sobre a doença. Porém estas orientações pouco levaram em consideração o contexto social e cultural dos indivíduos e a sua influência sobre as formas de compreender e reagir a este problema de saúde. O entendimento dos processos socioculturais que permeiam essa nova realidade constituída após a epidemia é fundamental, visto que eles estão intimamente relacionados com os significados e percepções de risco atribuídos pela população a questões associadas a saúde e doença. Estes elementos precisam ser melhor compreendidos, pois fornecerão subsídios para o entendimento dos sentidos atribuídos ao vírus zika pela população, além de qualificar os profissionais de saúde para que atuem de maneira adequada frente à realidade social e cultural da população sobre a qual se deseja intervir. Com base nessas premissas, esta tese objetivou compreender os significados, percepções de risco e práticas preventivas associados ao vírus zika pela população e por profissionais de saúde da cidade de Salvador-Bahia