OFERTA E ACESSO AOS SERVIÇOS DE IMAGEM: ESTUDO DE UMA REGIÃO DE SAÚDE NA BAHIA
Acesso; Oferta; Utilização de Recursos de Saúde; Ressonância Magnética; Tomografia Computadorizada.
Este estudo caracteriza-se como produção para o Mestrado Profissional na área de Tecnologias em Saúde elaborada sob o formato de dois artigos, os quais apresentam contribuições sociais e para o serviço, bem como contribuições teórico-científicas para reflexão sobre a oferta e o acesso a tecnologias de saúde dispostas a atenção especializada do SUS, e tem como objetivo geral, analisar as características e estratégias que interferem a oferta e influenciam o acesso e utilização dos serviços de diagnóstico por imagem prestado em serviço contratado pelo SUS em um município sede de região de saúde da Bahia. O Artigo 1 teve por objetivo caracterizar o perfil demográfico e de morbidade da população que utiliza os serviços de TC e RM ofertados por um serviço de imagem contratado no município sede de região de saúde do estado da Bahia, no período de 2015 ao primeiro semestre de 2019. Elaborado a partir dos dados do sistema de informação, e complementarmente por relatos de informantes-chave, os principais achados apontaram que as mulheres, população de 50 a 59 anos, residentes da sede da região de saúde e da zona urbana caracterizam o perfil predominante de usuários dos serviços estudados. A maioria dos procedimentos realizados estavam relacionados aos exames de articulação e crânio, sendo às queixas mais frequentes a dor lombar baixa e a cefaleia. Também constatou-se redução do total de atendimentos em 2019 no serviço contratado, sobretudo, quanto ao serviço de TC, o que pode ser atribuído a implantação da Policlínica Regional. Quanto ao Artigo 2, cujo objetivo foi descrever as estratégias e os mecanismos de regulação para a oferta de serviços diagnósticos por imagem (TC e RM) em um município sede de regional, bem como, identificar desafios dos gestores na contratualização e alocação dos serviços. Os achados a partir dos relatos dos informanteschave apontaram, haver um desequilíbrio entre oferta e demanda dos serviços de TC e RM no SUS e melhoria do acesso aos serviços de diagnóstico com a chegada da Policlínica Regional, sobretudo quanto aos exames de TC. Ademais, o subfinanciamento no SUS, a baixa resolutividade da Atenção Primária à Saúde (APS), a demanda maior que a oferta e quantidade reduzida de vagas foram identificadas como desafios para alocação de serviços. Apesar da ampliação do acesso aos serviços de imagem no SUS, com a implantação da policlínica regional, ainda existe uma demanda reprimida para os serviços de RM, o qual provoca um aumento no tempo de espera para a realização desse procedimento. Portanto, o estudo assinala a importância do setor de regulação para acompanhar o desempenho dos serviços, bem como ampliação da oferta, levando em conta a disponibilidade dos serviços e as necessidades para o atendimento da população residente na região de saúde. Assim, torna-se preponderante a importância da regulação da oferta dos serviços de imagem pelos gestores.