Banca de DEFESA: RAISA SANTOS RIBEIRO CERQUEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAISA SANTOS RIBEIRO CERQUEIRA
DATA : 20/10/2022
HORA: 14:00
LOCAL: IMS-CAT-UFBA
TÍTULO:

ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE PARA CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DO ÚTERO EM DUAS REGIÕES DE SAÚDE NA BAHIA


PALAVRAS-CHAVES:

Câncer do colo do útero; ginecologistas; atenção primária à saúde; serviços especializados; regionalização; rede de atenção à saúde; acesso universal aos serviços de saúde.


PÁGINAS: 127
RESUMO:

Nesta pesquisa, analisa-se o acesso aos serviços de saúde para controle do câncer de colo do útero (CCU) em duas regiões de saúde (Juazeiro e Vitória da Conquista, Bahia). Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa e uma revisão de literatura. Para a produção dos dados foram realizadas nove entrevistas semiestruturadas (três ginecologistas da região de saúde de Juazeiro, seis ginecologistas na região de saúde de Vitória da Conquista) e uma revisão de literatura em duas etapas: revisão documental em sites governamentais e uma revisão sistemática da literatura em bases de dados. Os dados empíricos foram interpretados à luz da Análise de Conteúdo Temática. O conjunto dos resultados abarcaram dois artigos: 1) Controle do câncer do colo do útero na atenção primária à saúde em países sul-americanos: revisão sistemática; e 2) Experiências e percepções de ginecologistas do SUS na assistência para controle do CCU em duas regiões de saúde da Bahia: os casos de Juazeiro e Vitória da Conquista. Os resultados da revisão sistemática, no primeiro artigo, apresentaram que todos os países tinham taxas elevadas de morbimortalidade por CCU, prevaleceu o rastreamento oportunístico na APS. Todos os países adotavam uma concepção abrangente de APS, embora o processo de implementação estivesse em estágios heterogêneos e predominassem a focalização e a seletividade. Evidencia-se pior acesso ao rastreamento para mulheres de regiões rurais ou remotas e para povos originários e a indisponibilidade de serviços de APS próximos às residências/comunidade foi uma importante barreira para o rastreamento do CCU. Diante disso, a fragmentação dos sistemas de saúde e a segmentação na oferta de serviços se mostraram como obstáculos para a prevenção e o controle do CCU na América do Sul, ressaltando a necessidade de programas organizados de rastreamento do CCU e a incorporação de busca ativa para realização do Papanicolaou via APS. Os resultados da análise de dados empíricos, no segundo artigo, revelaram a desarticulação entre médicos ginecologistas com a rede para controle do CCU. Na experiência dos ginecologistas, os tempos alargados entre coleta de exame Papanicolau pela APS e liberação de resultado, bem como dos resultados histopatológicos das biópsias comprometiam o seguimento ambulatorial em tempo oportuno. Neste sentido, comumente, mulheres recorriam à rede privada por meio do desembolso direto para adiantar parcelas da via assistencial no SUS. O acesso aos ambulatórios era diversificado e, rotineiramente, as mulheres procuravam o serviço por queixas ginecológicas, ao invés de consultas específicas para controle do CCU, mesmo quando referenciadas pela APS. Em síntese, ainda que tenham competência técnica para diagnóstico do CCU em fases precoces, os ginecologistas estavam posicionados de forma a centrarem suas práticas sem integração à rede e, neste sentido, havia dificuldade de um cuidado compartilhado e de compreensão acerca das condições materiais e simbólicas que contribuem para persistência de casos de CCU, mesmo na existência de tecnologias para prevenção e controle.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1553664 - ADRIANO MAIA DOS SANTOS
Interna - 1585709 - POLIANA CARDOSO MARTINS
Externa ao Programa - 1557124 - DANIELA GOMES DOS SANTOS BISCARDE - UFBAExterna ao Programa - 2765957 - ELVIRA CAIRES DE LIMA - UFBA
Notícia cadastrada em: 17/10/2022 15:02
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