Banca de QUALIFICAÇÃO: RENATA CELINA DE MORAIS OTELO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RENATA CELINA DE MORAIS OTELO
DATA : 17/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: plataforma meet/ modo remoto
TÍTULO:

Ninguém solta a mão de ninguém: a Ciranda de Lia de Itamaracá sob a perspectiva da Etnocenologia e da criação em dança

PALAVRAS-CHAVES:

CIRANDA. DIÁSPORA AFRICANA. ENSINO DE DANÇA. ETNOCENOLOGIA. LIA DE ITAMARACÁ.

PÁGINAS: 100
RESUMO:

Esta pesquisa intitulada Ninguém solta a mão de ninguém: a Ciranda de Lia de Itamaracá sob a perspectiva da Etnocenologia e da criação em dança, versa a respeito da dança da Ciranda, especialmente as rodas presididas pela cirandeira Lia de Itamaracá, que acontecem no litoral pernambucano, situado na praia de Jaguaribe, município da Ilha de Itamaracá. Com seus primeiros registros literários datados no início do século XX, essa dança incorpora as práticas sociais e culturais da região praieira pernambucana por volta da década de 1960. Esse olhar também discorre sobre o que essa dança desvela desde seus primeiros registros em Pernambuco, no início do século XX, até este presente momento. A Ciranda é aqui compreendida como uma expressão que envolve música e dança; sobre esta nos propomos a tratar com mais afinco. Assim , essa dança tem a roda como espaço de acontecimento, em que os dançadores são pessoas que frequentam festividades nas quais mestres/as cirandeiros/as cantadores/as puxam a cantoria. Entendemos que a dança da Ciranda tem suas bases pernambucanas junto aos brincantes trabalhadores rurais dos engenhos, especialmente da zona da mata pernambucana e que foi povoada por negros que foram escravizados. Tais informações me colocam a pensar: por que a Ciranda foi então situada com origem portuguesa se seus indícios em Pernambuco são distintos dessa linha embranquecida? Permaneceremos a escrever sobre um único viés? A quem interessa este discurso homogêneo? As discussões de etnicidade e seus desdobramentos perpassam a linha investigativa desta pesquisa. Nos propomos também a discutir a espetacularidade encontrada na Ciranda de Lia de Itamaracá a partir dos aspectos etnocenológicos a fim de criar uma interseção estética, conceitual e teórica entre a percepção da pesquisadora e do fenômeno pesquisado discutindo seus elementos culturais e inventivos na atualidade. Analisamos a Ciranda a partir de uma configuração ‘espetacular’ que aparece dissociada das ações cotidianas e compõe uma elaboração cênica. São resultados desta pesquisa a produção bibliográfica da ciranda a partir de um contexto diaspórico, a discussão de sua estrutura estética e a proposição pedagógica nos espaços educativos no ensino das danças populares tendo o processo criativo como prática.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1819704 - DANIELA MARIA AMOROSO
Interno(a) - 172.043.118-33 - LARA RODRIGUES MACHADO - UNICAMP
Externo(a) à Instituição - ANA VALÉRIA RAMOS VICENTE - UFPB
Externo(a) à Instituição - MARCILIO DE SOUZA VIEIRA - UFRN