CARTOGRAFIAS DA AÇÃO SOCIAL DO FESTIVAL DE DANÇA ITACARÉ NA
EXPANSÃO DO IMAGINÁRIO POLÍTICO
Festival; Dança Contemporânea; Quilombo Urbano; Diferença;
Convívio.
O objeto a ser discutido ao longo desta pesquisa é o modo como as dez edições
do Festival de Dança Itacaré contribuíram para o convívio da alteridade. O
Festival acontece na cidade de Itacaré situada no litoral sul do Estado da Bahia,
Brasil, e grande parte da sua realização ocorre no bairro Porto de Trás,
considerado um quilombo urbano. Tendo em vista o formato singular cabe
explicar a sua gênese como foi a sua criação, sua história. A noção da expansão
do imaginário político está ancorada no estudo das experiências resultantes do
Festival de Dança Itacaré (2008 a 2022), e entendida como identificação com o
diferente. A pesquisa analisará as experiências tendo como base metodológica a
cartografia da ação social segundo Ana Clara Ribeiro (2004). E com os seguintes
atracadores: mobilizada por questões de segregação social, este estudo tem
como base as táticas segundo o historiador Michel de Certeau (2014); as
relações de coimplicação entre corpo e ambiente descritas pelas autoras Prof.ª
Dr.ª Fabiana Dultra Britto e Prof.ª Dr.ª Paola Berenstein Jacques como
corpografia urbana (2008, 2010); no que diz respeito ao Território, discutirá sobre
o espaço vivido, o espaço banal a partir do geógrafo Milton Santos (2014) e sobre
a noção de quilombo (1995/96) o antropólogo Kabengele Munanga;
Apresentaremos também o sentido do espectador emancipado segundo Jacques
Rancière (2007). E sobre o político apresentado pela cientista política Chantal
Mouffe (2015), a relação ao, o político e, a política. O objetivo desta pesquisa é a
de compreender de que o convívio com a diferença no ambiente da dança pode
ser produtora de ações contra hegemônicas na cidade e na arte.