Banca de DEFESA: PAULO HENRIQUE BISPO LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAULO HENRIQUE BISPO LIMA
DATA : 09/12/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Instituto Multidisciplinar em Saúde
TÍTULO:

Diabetes e Hipertensão na pós-menopausa: interações entre gravidade e falhas no controle da inflamação


PALAVRAS-CHAVES:

 Pós-menopausa, Hipertensão arterial sistêmica, Diabetes mellitus, Inflamação.


PÁGINAS: 82
RESUMO:

INTRODUÇÃO/OBJETIVO: O envelhecimento em mulheres está associado as alterações decorrentes do climatério, que culmina em modificações na composição corporal, alterações metabólicas e hormonais, que apresentam maior susceptibilidade ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dentre os agravos crônicos de maior incidência nesta população, o diabetes mellitus (DM) e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) se destacam. Essas doenças, apesar dos diferentes órgãos e sistemas envolvidos, têm um fator de risco comum: em geral, inflamação clinicamente silenciosa de baixo grau que contribui para a patogênese e progressão de doenças relacionadas à idade. Portanto, este trabalho teve como finalidade o estudo ampliado sobre as interações dos parâmetros antropométricos, bioquímicos e inflamatórios associados ao risco na gravidade dessas doenças em mulheres idosas na pós-menopausa. MÉTODOS: O estudo envolveu a avaliação de 126 mulheres idosas, tendo diagnóstico positivo de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Os grupos foram divididos em riscos proposto pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Dados antropométricos foram coletados com a análise de bioimpedância, enquanto os dados inflamatórios e bioquímicos foram realizados a partir da coleta sanguínea. Os soros obtidos foram avaliados por ensaios enzimáticos. As análises estatísticas foram realizadas através do GraphPad Prism, e as correlações foram analisadas através do software R Studio. RESULTADOS: A circunferência da cintura e a razão circunferência da cintura/altura foram maiores no grupo risco muito grave quando comparado ao grupo de risco leve. A massa magra (p< 0,011) diminui com o aumento do risco de gravidade. As pressões sistólica (p< 0,0002) e diastólica (p< 0,0054) aumentaram em paralelo com o aumento da gravidade em relação aos grupos. Os marcadores bioquímicos aumentaram com o risco de gravidade: glicose, 7 triglicerídeos, colesterol, LDLc e VLDLc, exceto o HDLc. Com relação aos dados inflamatórios foi possível observar que as citocinas inflamatórias IL-1β, IFN-γ, TNF-α aumentaram em conjunto com a gravidade. Entretanto, a citocina antiinflamatória IL-10 (p=0,0293) diminuiu no grupo de risco muito grave. As razões entre as citocinas mostraram padrões diferentes entre os grupos. O grupo de idosas de risco muito grave apresentou menores valores para as razões IL-10/IL1β (p< 0,05), IL-10/IL-17 (p< 0,05) e IL-10/TNF-ɑ (p< 0,01) quando comparado com as idosas de risco grave. Os padrões de correlações paras as variáveis bioquímicas, inflamatórias e de composição corporal são distintas entre os grupos. Entretanto, o grupo de risco muito grave, observa menores forças de correlação de alguns parâmetros e o surgimento de outras interações. CONCLUSÃO: Os resultados mostraram ser extensamente alterados no grupo de risco muito grave, onde o perfil inflamatório perde sua responsividade à medida que aumenta a gravidade. Este é o primeiro trabalho que mostra uma visão ampliada da complexa interação entre os diferentes parâmetros avaliados em mulheres idosas hipertensas e diabéticas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2497915 - ROBSON AMARO AUGUSTO DA SILVA
Interna - 1552395 - TELMA DE JESUS SOARES
Externo à Instituição - DIRCEU JOAQUIM COSTA - UESB
Notícia cadastrada em: 06/12/2022 09:01
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