A DANÇA DOS ANTEPASSADOS CONTEMPORÂNEOS: aparição, reencenação, reencarnação e desmontagem. Um reposicionamento da memória negra através de uma leitura decolonial em dança contemporânea.
Exclusão; Epistemicídio preto; Diáspora; Racismo Institucional; Branquitude; Pretitude; Dança
Esta pesquisa versa sobre narrativas contemporâneas de artistas pretes e branques para tentar identificar elementos que constroem a estrutura racial no Brasil, elementos fundantes da nossa nação brasileira. Quero conversar aqui com estes artistes, para pensar nos deslocamentos geográficos e internos aos quais foram forçados, pelas instituições de ensino de dança enquanto produtoras e mantenedoras do racismo estrutural. Portanto, instituições como instrumento racista, na medida que submete, subjulga estes corpos, determina quais ideias sobrevivem, quais ideias devem submergir ou desaparecer, atuando como promotora do epistemicídio preto de um estado que exerce uma necropolítica dentro de um sistema excludente cujo modus operandi remonta a colonização. Deslocamento este que aqui percebe-se como uma diáspora contemporânea. A escrita será apresentada em Libretos (pequenos livros) com diálogos e hiperlinks, tendo como metodologia de pesquisa entrevistas e residências artísticas. Meu interesse aqui não é provar uma hipótese, mas jogar luz nessa diversidade de falas, desmontando e reconfigurando uma tradição racista brasileira cristalizada e secularizada ao longo da nossa história.