PRÓPOLIS VERDE COMO AGENTE TERAPÊUTICO NO TRATAMENTO PÓS-CIRÚRGICO DA LINFADENITE CASEOSA
antimicrobianos, cicatrização, Corynebacterium pseudotuberculosis, ovinos
O tratamento da linfadenite caseosa com antibióticos não é eficaz, sendo necessária a excisão
cirúrgica das lesões. A solução de iodo a 10% é atualmente a escolha para o tratamento pós-
cirúrgico, mas pode apresentar histotoxicidade. Considerando que a própolis verde possui
comprovadas atividades antibacteriana e cicatrizante, o presente trabalho teve como objetivo
avaliar o uso de uma pomada com base em própolis verde como opção terapêutica pós-
cirúrgica no tratamento da linfadenite caseosa. Foram utilizados 28 ovinos, que passaram por
cirurgia para excisão das lesões caseosas, e então divididos em dois grupos, (1) tratamento
com iodo, e (2) tratamento com pomada de própolis verde. Foram analisados dados clínicos
dos animais, o tamanho da área cicatricial e a presença de umidade e secreção na cicatrização
da ferida cirúrgica, bem como a resposta imune humoral contra a bactéria. O grupo tratado
com própolis verde cicatrizou completamente a ferida cirúrgica uma semana antes do grupo
tratado com iodo, com menos casos de secreção na ferida, apesar de não estatisticamente
diferente do grupo tratado com iodo. Não foram vistos sinais clínicos que indicasse toxicidade
ou outros efeitos colaterais do uso da própolis, associada a uma recuperação dos pelos mais
rápida e organizada. Conclui-se que a pomada de própolis verde pode ser utilizada no
tratamento pós-cirúrgico da linfadenite caseosa em pequenos ruminantes, pelo seu efeito na
cicatrização e inibição de contaminação da ferida, com melhor efeito estético após a
recuperação final do animal.