A CENTRALIDADE DO LÚDICO NA FORMAÇÃO HUMANA: CRÍTICAS DAS TESES DE JOHAN HUIZINGA
Ontologia, Johan Huizinga, Formação Humana
Cumpre, esta tese, a tarefa de investigar o desenvolvimento ontológico na obra do historiador holandês Johan Huizinga, em particular, sua defesa em torno dos supostos da centralidade do lúdico na formação humana. Tendo como objeto de estudo a crítica da centralidade do lúdico na formação humana, a problemática do estudo foi: como se desenvolveram os pressupostos ontológicos da defesa da centralidade do lúdico na formação humana na obra de Johan Huizinga? Para tanto, e considerando que esta desenvolveu-se a partir de uma pesquisa bibliográfica, tendo como método de investigação o materialismo histórico-dialético, o objetivo geral foi reconhecer como se desenvolveram os pressupostos ontológicos presentes na obra de Johan Huizinga acerca de sua defesa da centralidade do lúdico na formação humana e, neste horizonte, os seguintes e específicos objetivos: (i) revisar e expor os supostos da ontologia idealista em Hegel e a partir da crítica de Marx e Engels ao idealismo alemão, (ii) revisar e expor os supostos da ontologia materialista produzidos por Marx e Engels (face às críticas que teceram ao idealismo alemão) e, por fim, (iii) identificar o desenvolvimento da ontologia subjacente à defesa da centralidade do lúdico na formação humana sustentada por Johan Huizinga, especialmente na obra Homo Ludens – objetivos estes que tiveram na obra de José-Barata Moura a ampliação da mediação teórica. Neste último, em particular, (i) caracterizei os pressupostos teórico-metodológicos de Johan Huizinga e suas concepções fundantes da História da Cultura, (ii) identifiquei e analisei as obras de Johan Huizinga em seu desenvolvimento, considerando a sua fundação histórico-cultural e sua defesa em torno do lúdico na formação humana, (iii) levantei e investiguei a obra Homo Ludens e, nesta, busquei desvelar os supostos ontológicos da centralidade do lúdico na formação humana, e (iv) apresentei, em contraposição à fundação ontológica de Johan Huizinga, a defesa da centralidade do trabalho na formação humana.