SOCIAL INEQUALITIES IN ACCESS TO PRENATAL CARE: BEFORE AND DURING THE COVID-19 PANDEMIC
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O presente trabalho de dissertação investigou as desigualdades sociais no acesso ao pré-natal antes e durante a pandemia de Covid-19, com o objetivo de analisar a magnitude das desigualdades sociais a partir dos marcadores raça/cor, grau de escolaridade e geração/idade na adequação da assistência pré-natal, antes e durante a pandemia de Covid-19, no Brasil, entre os anos de 2014 a 2021. Para alcançar este propósito, foram utilizados os softwares estatísticos Rstudio e Stata (versões 12 e 16) para extrair e analisar dados de agregados do SINASC, e aplicado o cálculo da Fração Atribuível às Desigualdades. Os resultados revelaram que as gestantes adolescentes, com 0 a 3 anos de estudo, indígenas e negras registram a maior taxa de inadequação pré-natal atribuível às desigualdades, destacando que não foi identificado a redução da taxa de inadequação no período de pandemia. Além disso, a análise apontou para o aumento das desigualdades nos períodos de transição de governo em 2016/2017 e 2018/2019. Este estudo contribui para a literatura existente sobre as desigualdades sociais na assistência pré-natal ao [destaque da contribuição]. No entanto, algumas limitações devem ser consideradas, como: a não realização da estratificação da análise por regiões, devido ao tempo para o desenvolvimento do estudo; e o não cumprimento da proposta de utilizar o recorte temporal de 10 anos, 2012 a 2022, devido a variável de adequação pré-natal ter sido inserida no SINASC a partir do ano de 2014 e a base de dados do ano de 2022 ainda não havia sido disponibilizada, havendo a necessidade de reduzir o recorte para os anos de 2014 a 2021. Por tratar-se de um estudo ecológico e observacional, faz-se necessário investir em novos estudos sobre a temática para compreender a relação entre as desigualdades sociais e as suas implicações na assistência pré-natal.