Banca de DEFESA: THAÍS REGINA SILVA RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THAÍS REGINA SILVA RIBEIRO
DATA : 15/01/2025
HORA: 08:00
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO:

CAPTURA DE DIÓXIDO DE CARBONO POR MATERIAIS MESOPOROSOS MODIFICADOS COM LANTÂNIO

PALAVRAS-CHAVES:

dióxido de carbono; adsorção; lantânio; MCM-41; co-condensação; impregnação.

PÁGINAS: 114
RESUMO:

A captura do dióxido de carbono, na atmosfera, é fundamental no contexto do aquecimento global, pois este método oferece uma estratégia promissora para mitigar as emissões desse gás, um dos principais responsáveis pelo efeito estufa. Devido à sua abundância e persistência na atmosfera, o dióxido de carbono tem um impacto direto no aumento das temperaturas globais, gerando mudanças climáticas significativas. Nesse cenário, a adsorção em materiais porosos surge como uma solução tecnológica eficaz para reduzir a concentração desse composto, contribuindo diretamente para a mitigação dos impactos do aquecimento global. Visando a contribuir para a mitigação do aquecimento global, foi investigada a incorporação de lantânio (5, 10, 20 a 30%) em MCM-41 para a captura de CO₂, utilizando dois métodos distintos: co-condensação e impregnação. As amostras foram caracterizadas por difração de raios X, termogravimetria, medida de área superficial específica, microscopia eletrônica de varredura, microscopia eletrônica de transmissão e dessorção à temperatura programada de dióxido de carbono. Observou-se que a inserção de lantânio altera a área superficial específica e o volume dos mesoporos, mas preserva a estrutura hexagonal característica da MCM-41, embora causando desordem na matriz. A distribuição de lantânio nas amostras preparadas por co-condensação é homogênea, enquanto a impregnação resulta na formação de aglomerados de óxido de lantânio, indicando uma interação mais fraca entre o metal e a matriz. Além disso, o método de co-condensação favorece a formação de sítios básicos mais homogêneos, enquanto a impregnação gera sítios mais fortes, favorecendo a quimissorção. As amostras preparadas por co-condensação apresentaram maior capacidade de adsorção em temperaturas mais baixas, enquanto as impregnadas foram mais eficientes em temperaturas elevadas. O modelo de pseudo-primeira ordem foi o mais adequado para descrever o comportamento de adsorção dos sólidos obtidos por co-condensação, indicando um processo de adsorção monomodal. Por outro lado, a adsorção sobre as amostras preparadas por impregnação foi mais bem ajustada ao modelo de Elovich, sugerindo a predominância de quimissorção. A regeneração e estabilidade dos adsorventes foram avaliadas em dez ciclos de adsorção/dessorção, mostrando que as amostras preparadas por co-condensação apresentaram variação inferior a 2% na capacidade de adsorção/dessorção, demonstrando alta estabilidade e regenerabilidade. Em contrapartida, os sólidos obtidos por impregnação apresentaram variação de até 15%, indicando menor resistência à desativação e menor regenerabilidade. Conclui-se que o método de preparação influencia diretamente as propriedades adsortivas do material e que a modificação com lantânio melhora a capacidade de adsorção de CO₂. A amostra com 5% de lantânio, preparada pelo método de co-condensação, se destaca como a mais promissora para aplicações de captura de CO₂, devido à sua maior capacidade de adsorção e à melhor distribuição dos sítios ativos. Além disso, essa concentração oferece um equilíbrio ideal entre desempenho e custo, tornando-a uma opção economicamente viável para a captura de CO₂ em larga escala.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.575.865-** - MARIA DO CARMO RANGEL SANTOS VARELA - UFBA
Externo à Instituição - Leonardo Mendonça Tenório de Magalhães Oliveira - UFAL
Externa à Instituição - Luz Amparo Palacio Santos - UERJ
Externo à Instituição - ANDERSON JOEL SCHWANKE - UFRGS
Externo à Instituição - ANTONIO OSIMAR SOUSA DA SILVA - UFAL
Externo à Instituição - JOSE GERALDO DE ANDRADE PACHECO FILHO - UFPE