Banca de DEFESA: PAULO ANDRADE MAGALHAES FILHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PAULO ANDRADE MAGALHAES FILHO
DATA : 04/09/2019
HORA: 08:00
LOCAL: Ihac
TÍTULO:

Tudo que a boca come:

A capoeira e suas gingas com a modernidade

 


PALAVRAS-CHAVES:

Capoeira, Modernidade, Racionalização, Desencantamento, Pensamento Bantu

 

 


PÁGINAS: 207
RESUMO:

Esta tese procura entender como a capoeira se relaciona com a Modernidade. Os pensadores decoloniais argumentam que a Modernidade não pode ser pensada sem sua face oculta, a Colonialidade, e seus brutais processos de escravização e genocídio. Apesar de ser uma manifestação cultural que apoia sua identidade sobre um discurso de tradição, a capoeira é fruto desse violento encontro de povos. Nos propomos a pensá-la como uma contracultura da Modernidade, que ginga com esta e dentro desta, com um pé dentro e outro fora, por operar com distintas lógicas e racionalidades. A capoeira, em nosso trabalho, é pensada como um símbolo da sociedade brasileira com todos seus paradoxos, ambiguidades e contradições. Uma representante da nossa Modernidade, modelo próprio construído pela interseção e cruzamento de diferentes heranças e temporalidades. Desafiamos aqui a profecia weberiana, de que o advento da Modernidade (ou como define Marx, a expansão do Capital) levaria irreversivelmente à racionalização e desencantamento do mundo. Pretendemos demonstrar que, por um lado, a capoeira se racionalizou de diferentes formas, com seus processos de esportivização e normatização. Até as políticas culturais que pretendem salvaguardar os saberes tradicionais impulsionam os mestres e grupos a se burocratizarem para ter acesso ao poder público e suas verbas. Por outro lado, este mundo permanece encantado, guardando conexões e segredos sutis que, embora desafiem o senso comum do materialismo científico hegemônico, guardam estreitas relações com outras formas de descrição da realidade. É aqui que a capoeira, herança bantu, se conecta com a física quântica. Trataremos dessa relação íntima da capoeira com o candomblé, através do caboclo, do Exu e dos ancestrais.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 933001 - ADALBERTO SILVA SANTOS
Interno - 799.462.405-72 - DANIELE PEREIRA CANEDO - UFRB
Externo ao Programa - 1551078 - EDUARDO DAVID DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 310.295.311-53 - LUIZ RENATO VIEIRA - NENHUMA
Interno - 1096412 - MILTON ARAUJO MOURA
Notícia cadastrada em: 26/08/2019 12:00
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