Um estudo da cenologia baiana a partir do Núcleo Afro-brasileiro de Teatro de Alagoinhas - NATA.
Teatros Negros; Teatro e Candomblé; Racismo; NATA.
O Padê dissertativo procura investigar o teatro negro de candomblé do Núcleo Afro-brasileiro de Teatro de Alagoinhas — NATA (1998 – 2019), através da análise de seus quatro últimos espetáculos: Siré Obá — A Festa do Rei; Ogum — Deus e Homem; Exu — A Boca do Universo e Oxum. Reverenciando o Teatro Experimental do Negro — TEN (1944 – 1961), Bando de Teatro Olodum – 1990, Companhia dos Comuns (2001) e Grupo de Teatro Abdias Nascimento — CAN (2002), referências para os teatros negros no Brasil e para o fazer poético do NATA. Tendo como metodologia central a História Oral, a pesquisa de natureza qualitativa, cunho histórico e percurso exploratório-descritivo, pondera uma análise de dentro para fora. Visando contextualizar o leitor, aponta-se o século XX como chave de virada na perspectiva de um teatro negro engajado/político e de movimentos que contribuem para fomentar resistência fora de cena, como a Frente Negra Brasileira — FNB (1931 – 1937) e, na atualidade, o Fórum Nacional de Performance Negra — FPN (2005). Tendo isso por princípio, objetiva-se apontar a presença negrocênica no contra fluxo das artes no cânone ocidental. Considerando a construção histórica e a ancestralidade africana e/ou afro-brasileira na cena poética do fazer teatral. Compreendendo os corpos negros, a relação entre arte e política, os enfrentamentos, sócio históricos, e a luta por visibilidade e espaço. Refletindo sobre as identidades étnico-raciais na subversão da lógica nos espaços de poder