Cinema de Mulheres Negras, Identidade, Memória, Auto Representação
Palavras-chave: Cinema de Mulheres Negras, Identidade, Memória, Autorrepresentação
No presente texto, pretendemos apresentar os caminhos reflexivos que vêm sendo traçados na pesquisa de mestrado Cinema de Mulheres Negras: Encruzilhadas, afetos e resistências. A partir de um olhar crítico e analítico, essa investigação propõe ampliar o leque de discussões teóricas acerca de produções cinematográficas roteirizadas e/ou dirigidas por mulheres negras brasileiras a partir do ano de 2010. Para tanto, utilizamos como foco central de análise quatro filmes, são eles: Cores e Botas, da cineasta Juliana Vicente; O dia de Jerusa, da cineasta Viviane Ferreira; Cinzas, da cineasta Larissa Fulana de Tal e Café com Canela das cineastas Glenda Nicácio e Ary Rosa. Entendemos que essas obras trazem em seus universos narrativos particularidades que sugerem possíveis leituras sobre a realidade social do Brasil no que tange à memória e identidade negra. Com isso, buscamos aqui evidenciar os processos, procedimentos metodológicos e algumas reflexões teórico-críticas que corporificam a pesquisa em curso utilizando como ponte de diálogo propostas teóricas de Achille Mbembe, Beatriz Nascimento, bell hooks, Edileuza Penha de Souza, Ella Shohat, Florentina Souza, Grada Kilomba, Janaína Oliveira, Juliano Gadelha, Lélia Gonzalez, Mariana Souto, Robert Stam, Roseane Borges, Stuart Hall, dentre outras.