ETNOGRAFIA E SURDEZ: A EXPERIÊNCIA ETNOGRÁFICA NA TRADIÇÃO DO AMARO
PALAVRAS-CHAVE: Etnografia. Deficiência. Pankararé.
O presente trabalho é resultado da relação que estabeleço com os Pankararé de Brejo do Burgo (BA), há cerca de nove anos. A pesquisa objetiva analisar o Ritual do Amaro como uma derivação dos processos de transmissão de rituais externos entre Pankararé e Pankararu, a partir da sociologia da troca (Menta, 2019). Em 2016, um incidente em campo me deixaria surdo, passando a ocupar uma nova categoria: pessoa com deficiência (PCD); a nova identidade me impõe repensar o modo de fazer etnografia, a partir do ouvir como sentido privilegiado (Cardoso Oliveira, 2006), aleijando (Mello, 2019), as práticas tradicionais de fazer e pensar antropologia, para incluir a categoria de deficiência em perspectiva crítica (Ingold 2008), política (Lopes 2020), antropológica (Mello, 2016, 2018, 2019, 2022).