JAMES BALDWIN E O RACISMO NOS ESTADOS UNIDOS: UMA ANÁLISE DO
FILME EU NÃO SOU SEU NEGRO (2017)
James Baldwin; Racismo; Cinema Negro; Estados Unidos
O presente trabalho de pesquisa se propõe a analisar a obra fílmica Eu não sou seu negro (2017),
dirigida por Raoul Peck, investigando os recursos de que ela se utiliza para elaborar seu discurso
sobre o racismo nos Estados Unidos. De modo que, no início da dissertação é apresentado um
pouco de quem é o cineasta Raoul Peck, sua filmografia, apresenta-se também o escritor James
Baldwin, que é o personagem principal do filme, pois, a obra se utiliza da sua escrita e da sua
visão. No decorrer do trabalho, é feita uma discussão sobre o cinema enquanto arte e o quanto
ele foi/é influenciado pelos processos políticos, destacadamente aqueles que se estruturam a
partir do colonialismo e da escravidão racial, dirigindo o foco para o cinema negro
estadunidense. Busca-se debater o que é o filme documentário, além de adentrar na análise mais
específica do filme Eu não sou o seu negro (2017), comentando cenas através da análise de
planos, montagem, música, etc., com o objetivo de evidenciar as críticas que o filme faz às
representações estereotipadas que a população negra sofre no cinema mainstream e fora dele.
Para embasar o trabalho, é feito um panorama do contexto racial estadunidense, dialogando
com as referências históricas trazidas na própria obra fílmica. O trabalho se utiliza de autores e
autoras das Ciências Humanas para fundamentar as discussões, mas também se utiliza de outras
obras fílmicas que são importantes fontes de conhecimento.