OLHO POR OLHO: O DIREITO DE OLHAR O BEMBÉ DO MERCADO (2018-2022) COMO GESTO EPISTEMOLOGICO DE REVERSÃO DA COLONIALIDADE VISUAL NO BRASIL.
BEMBÉ; MEMÓRIA; PATRIMONIO
Este trabalho começa enunciando a disputa por uma memória visual encoberta – a celebração do Bembé do Mercado. Então invoca o 13 de maio de 1888, data mote da festividade e marco formal do fim da escravidão no Brasil, para acender a discussão sobre a liberdade de ver e ser visto: o “direito de olhar”, que permanece negado às populações afro-brasileiras e é reivindicado como “gesto epistemologico de reversão” da colonialidade visual vigente através de uma mirada ch’ixi a partir e para a comunidade de origem do autor, que também é a do festejo – Santo Amaro da Purificação, na Bahia. Local que luta e celebra direitos de cidadania para a comunidade não-branca do recôncavo há mais de cem anos.