Negritude e Masculinidade no circuito de Batalhas de MCs na cidade de Salvador
Negritude, mascuinidade, Mcs, batahas, Salvador
As Batalhas de MCs na cidade de Salvador representam um movimento cultural protagonizado por jovens negros periféricos, que têm sido uma força significativa na cena desde 2010. Este estudo busca compreender de que maneira esse espaço se configura como um ambiente de letramento racial crítico e de ativismo antirracista entre esses jovens, destacando sua importância na promoção do diálogo e na resistência contra a discriminação racial. Este trabalho situa-se no campo dos estudos de Hip Hop, com base nos trabalhos de Tricia Rose (1994) e, tem como objetivo analisar como ideais de negritude e masculinidade são performados nos eventos de Batalhas de MCs desta cidade. A partir dos estudos de diáspora africana e de cultura negra na diáspora, esta pesquisa propõe-se a examinar como as experiências cotidianas de violência e racismo vivenciadas por jovens negros e periféricos são articuladas e expressas no contexto das batalhas. Trata-se de uma pesquisa etnográfica que emprega a observação participante como principal técnica. Utilizando os estudos de etnografias da comunicação, de Dell Hymes (1972), pretende-se compreender as narrativas veiculadas através das rimas nas batalhas. Para tal, pretendo realizar uma análise de conteúdo, segundo a metodologia de Bardin (1977), para entender como as conversas, rimas e interações durante as batalhas contribuem para a construção de identidades, a transmissão de valores culturais e estratégias de enfrentamento às adversidades do contexto social dos participantes.