Banca de DEFESA: JÚLIO EPALANGA SACALEMBE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JÚLIO EPALANGA SACALEMBE
DATA : 27/05/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

POLÍTICAS LINGUÍSTICAS EM ANGOLA: O SILENCIAMENTO DA LÍNGUA UMBUNDU E DA IDENTIDADE CULTURAL DOS OVIMBUNDOS


PALAVRAS-CHAVES:

Políticas linguísticas. Colonização linguística. Língua Umbundu. Ovimbundos.


PÁGINAS: 129
RESUMO:

A presente dissertação propõe-se analisar as políticas linguísticas implementadas em Angola que fomentaram o silenciamento da língua umbundo e da identidade cultural dos ovimbundos, iniciado pelos colonizadores lusitanos e continuado pelas autoridades angolanas no pós-independência. Sendo assim, realizou-se um levantamento da realidade sociolinguística de Angola anterior à presença da colonização de expressão portuguesa, com enfoque nas características culturais e linguísticas dos primeiros povos a se instalarem no território de Angola dos Khoisan e dos Vatwa; também apresentaram-se as características da organização social, étnica, cultural e linguísticas da população angola de matriz banto, o que permiutiu inferir-se que Angola, antes da colonização lusitana, era um país cimentado pelo modelo multicultural, multiétnico e multilinguístico. Sendo assim, tornou-se imperioso discorrer sobre a conjuntura linguística e cultural de Angola durante a presença da colonização portuguesa. O processo de colonização causou rupturas no tabuleiro linguístico e no plano cultural dos angolanos e das angolanas. Sabidamente, os colonizadores de expressão portuguesa usaram a política do estatuto do indigenato e a política assimilacionista como ferramentas com a finalidade de hegemonizar a língua portuguesa e desvalorizar as diferentes línguas angolanas. A par dessas questões, o presente trabalho se enquadra no campo das políticas linguísticas, nos termos de (Calvet, 2007; Rajagopalan 2013; Silva, 2013; Spolsky, 2016, Severo, 2013 entre outros). Para alcançar os objetivos da pesquisa adotou-se uma diversidade de percursos metodológicos, como a análise de conteúdo e a pesquisa documental e bibliográfica. Concluímos que as políticas linguísticas, os parâmetros ideológicos do MLA, o projeto um só povo uma só nação, a educação escolar implementada no território angolano tem provocado, contribuído e motivado a tentativa da desvalorização da diversidade linguística e cultural nos contextos escolares e fora dela, colocando assim, a língua umbundo e as práticas culturais dos ovimbundos num lugar inferiorizado e marginalizado.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.553.815-** - PEDRO DANIEL DOS SANTOS SOUZA - UFBA
Interno - 3499846 - GREDSON DOS SANTOS
Interna - 1679423 - AURELINA ARIADNE DOMINGUES ALMEIDA
Interna - ***.465.315-** - TANIA CONCEICAO FREIRE LOBO - USP
Externa à Instituição - SABRINA RODRIGUES GARCIA BALSALOBRE - UNILAB
Externa à Instituição - SILVANA SILVA DE FARIAS ARAUJO - UEFS
Externa à Instituição - NORMA DA SILVA LOPES - UNEB
Notícia cadastrada em: 27/06/2024 15:13
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