VARIAÇÃO NO LÉXICO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS EM MACEIÓ, ALAGOAS: UMA ANÁLISE DO CAMPO SEMÂNTICO DAS FRUTAS
Libras, variação lexical, sociolinguística variacionista, campo semântico, Maceió.
Esta dissertação tem como objetivo compreender a variação lexical da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no campo semântico das frutas, a partir da análise de dados coletados junto a doze participantes surdos da cidade de Maceió, Alagoas, organizados em três gerações distintas. A pesquisa está fundamentada na perspectiva da sociolinguística variacionista, com base teórica nos estudos de Labov (2008), Mollica (2015), Coelho (2019), Bispo (2018), Ferreira e Cardoso (1994), e Weinreich, Labov e Herzog (2006). Também dialoga com abordagens sobre dicionarização e descrição linguística de línguas de sinais, especialmente aquelas propostas por Stokoe (1960), Liddell e Johnson (2000 [1989]), Quadros e Pizzio (2007), Xavier (2006), e Capovilla, Raphael e Maurício (2013). A metodologia adotada combina procedimentos qualitativos e quantitativos, a partir de entrevistas em Libras realizadas no âmbito do projeto “Inventário de Libras: versão Alagoas”. Os dados foram analisados considerando parâmetros linguísticos como configuração de mão, ponto de articulação, movimento, orientação e expressões não manuais. Os resultados evidenciam variações lexicais significativas entre as gerações estudadas e apontam para a influência de fatores sociais como idade, escolaridade e pertencimento comunitário. O mapeamento sociolinguístico elaborado contribui para a compreensão das dinâmicas linguísticas locais e reforça a importância da documentação linguística para a valorização da Libras enquanto patrimônio cultural e linguístico brasileiro.