Banca de DEFESA: MOANNA BRITO SEIXAS FRAGA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MOANNA BRITO SEIXAS FRAGA
DATA : 29/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: online
TÍTULO:

Deixa que eu fale: a educação de surdos em contextos presencial e online


PALAVRAS-CHAVES:

Educação de Surdos; Modalidades de ensino; Aprendizagem de Língua Portuguesa.


PÁGINAS: 160
RESUMO:

Esta pesquisa de doutoramento teve o objetivo de averiguar e compreender como quatro pessoas surdas (adultas) avaliam sua própria aprendizagem de Língua Portuguesa em instituições formais de ensino, nas modalidades presencial e online. Para orientar essa investigação, parti da compreensão de duas questões fundamentais: as estratégias que contribuíram para aprendizagem e as variantes que dificultaram a aprendizagem de LP nas modalidades citadas. O percurso metodológico que orientou essa investida inspirou-se na Netnografia (KOZINETS, 2014; NOVELI, 2010) e fundamentou-se nos pressupostos do Estudo de Caso (ANDRÉ, 2005), de base qualitativa (FLICK, 2002; MINAYO, 2012). Como extratos do corpus, foram eleitas as respostas às perguntas de “entre-vistas” (COELHO, 2005) realizadas com os quatro participantes e outros dados provenientes de observações (MAGNANI, 2009) e diário de campo (WEBER, 2009), os quais auxiliaram na busca por marcas de avaliação das modalidades nos contextos de aprendizagem de Língua Portugesa. Visando seguir as premissas de pesquisas netnográficas, o WhastApp foi utilizado sob a égide do seu tríplice papel: lócus, objeto e instrumento. Além de servir como campo virtual de pesquisa e espaço registros de dados, o aplicativo de mensagens foi analisado quanto as suas características tendo em vista suas funcionalidades no contexto contemporâneo (e) da surdez. A leitura e significação dos dados se delineou à luz da pesquisa interpretativista (MOITA LOPES, 2019) e da relação dialógica entre a Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2006, 2013; KLEIMAN, 2004), os Novos Estudos do Letramento (KLEIMAN; DE GRANDE, 2015; STREET, 2014), os Estudos Decoloniais (SANTOS, 2019; QUIJANO, 2009) e os Estudos Surdos (LODI, 2013; RANGEL, 2012). Os resultados apontaram para a interação entre os atores sociais constituintes do cenário escolar como uma das estratégias agenciadas que corroboraram para a construção do conhecimento em LP. Já a ausência de intérprete ou presença pouco efetiva foi apontada como forma de invisibilização de corpos surdos de modo a dificultar a aprendizagem da Língua Portuguesa (escrita). Com isso, foi possível concluir que, apesar do agenciamento de tecnologias digitais dentro e fora da sala de aula, a tecnologia humana, investida na função de intérprete de Libras, ainda não pode ser substituída a fim de evitar assimetrias socioeducacionais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1551106 - SIMONE BUENO BORGES DA SILVA
Externa à Instituição - ANA CLÁUDIA BALIEIRO LODI - USP
Externa à Instituição - SUELI SALES FIDALGO - UNIFESP
Externa à Instituição - THAÍS NASCIMENTO SANTANA - UNEB
Externo à Instituição - WOLNEY GOMES ALMEIDA - UESC-BA
Notícia cadastrada em: 25/07/2024 19:41
SIGAA | STI/SUPAC - - | Copyright © 2006-2024 - UFBA