PEI-P PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL (PEI-P) ESCOLA POLITÉCNICA Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: GRACIENE SANTOS BRITO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GRACIENE SANTOS BRITO
DATA : 12/07/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sala de videoconferÊncia RNP_UFBA_PEI
TÍTULO:

DESASTRES ENVIAM SINAIS: ESTUDO DE CASO DE BRUMADINHO.


PALAVRAS-CHAVES:

Desastre, Brumadinho, Desastre Industrial, Cultura de Segurança, Desenvolvimento de Desastres.


PÁGINAS: 80
RESUMO:

O desastre ocorrido em Brumadinho, Minas Gerais/Brasil, ocasionado pelo rompimento da Barragem I (BI) de rejeitos de mineração de propriedade da empresa Vale S/A (Vale) é considerado o maior desastre industrial da história do Brasil, pois ceifou a vida de centenas de pessoas, entre trabalhadores próprios da Vale, terceiros e moradores da comunidade vizinha à organização, além de provocar um impacto ambiental sem precedentes. Muitos estudos abordaram este desastre sob diferentes olhares, no entanto, nenhum deles o abordou sob o ponto de vista de uma Teoria de Desastre. Sendo assim, esta pesquisa joga uma nova luz para a sua compreensão. O objetivo deste trabalho é estudar o desastre ocorrido em Brumadinho à luz da Teoria dos Desastres provocados pelo Homem e identificar se esse desastre seguiu os seis estágios propostos por esta Teoria e, assim, poderia ser prevenido. Como fontes de dados foram utilizados o relatório oficial de investigação do acidente, realizado por órgão governamental; o relatório elaborado por um comitê independente contratado pela Vale; além dos relatórios das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) do Senado Federal, da Câmara dos Deputados Federal e da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A existência dos seis estágios de desenvolvimento do desastre foi caracterizada durante o estudo. O estágio 1 ficou evidenciado pela existência da crença, pelos empregados da organização e pela população vizinha a Mineradora, de que a BI era segura e de que não havia risco de rompimento. O estágio 2 ficou caracterizado como um período longo que teve início na construção da BI, pois não haviam informações sobre a sua fundação nem sobre o material utilizado nos primeiros alteamentos. O estágio 3 ficou caracterizado pelo momento exato do desastre. O estágio 4 ficou evidenciado pelas consequências causadas pelo desastre. O estágio 5 se caracteriza pelo resgate e salvamento
de vítimas e ficou evidenciado pelo excelente trabalho dos órgãos governamentais e, em contrapartida, pela falta de preparo da Vale no resgate e salvamento. Por fim, o estágio 6, ficou caracterizado por meio de mudanças na legislação voltada para a segurança das barragens de rejeitos de mineração. Conclui-se que o desastre de Brumadinho passou pelos seis estágios de desenvolvimento do desastre, mais especificamente o período de incubação, no qual sinais de que um desastre estava prestes a acontecer se tornaram aparentes, consequentemente, medidas poderiam ter sido tomadas para evitá-lo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2297578 - ANASTACIO PINTO GONCALVES FILHO
Externa ao Programa - 1047082 - JOYCE BATISTA AZEVEDO - nullExterno à Instituição - PABLO RODRIGUES MUNIZ - IFES
Notícia cadastrada em: 09/07/2024 09:19
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