As Amêndoas Têm Que Estar Inteiras!: tradição, tecnologia, educação e relações de gênero
na cadeia produtiva do coco babaçu
Quebradeiras de coco, Coco babaçu, Agroextrativismo, Escola Família Agrícola, Gênero, Desenvolvimento
Este texto caracteriza-se como exercício de narrativa etnográfica a respeito da realidade vivida por quebradeiras de coco babaçu. Quebradeira de coco é a identidade assumida, por mulheres, em razão do trabalho que desempenham. Trata-se de uma atividade tradicionalmente executada por mulheres desde a infância até a idade adulta. Esta pesquisa concentrou-se no cotidiano de comunidades rurais/agroextrativistas localizadas no Médio Mearim, microrregião do estado do Maranhão. A prática de observação participante ocorreu nos anos de 2016 e 2017. Trata-se de estudo antropológico feminista das relações de gênero no âmbito da cadeia produtiva do babaçu. São abordadas interações e discursos de agentes locais em torno da proposta de mecanização do trabalho, em comunidades que integram a Associação em Áreas de Assentamento do Estado do Maranhão (ASSEMA), e da rotina na Escola Família Agrícola Antonio Fontenele (EFAAF) e na comunidade de São Manoel. A interpretação do contexto dá-se mediante dois eixos analíticos: gênero e desenvolvimento.