Caracterização de compostos fenólicos mono e poliméricos em amostras de cacau
Metilxantinas , Compostos fenólicos , Theobroma cacao L. flavonoides
Esta investigação buscou analisar a presença de compostos fenólicos no cacau fino produzido no Sul da Bahia, bem como quantificá-los. Utilizou-se como objeto 8 amostras de mix de cacau, oriundas dos seguintes municípios: A (Ilhéus), B (Ibirapitanga), C (Aurelino Leal), D (Porto Seguro) (Ilhéus), E (Ilhéus), F (Porto Seguro), G (Uruçuca) e H (Ilhéus). As amostras são provenientes de 4 fazendas, sendo classificadas como amargas e adstringentes, nos estudos realizados anteriormente. Deste modo, as amostras classificadas como amargas analisadas foram A, B, C e D. Enquanto que as amostras E (Ilhéus), F (Porto Seguro) G (Uruçuca) e H (Ilhéus) foram caracterizadas sensorialmente como amostras adstringentes. É sabido que o cacau possui uma alta concentração de compostos fenólicos como ácido gálico, catequina, epicatequina e metilxantinas: cafeína, teobromina. Os resultados demonstraram que há diferenças significativas na quantidade de ácido gálico presente nas amostras das diferentes fazendas, enquanto que as amostras de cacau diferiram significativamente entre si quanto ao teor de teobromina e cafeína (mg/g). As amostras das Fazendas A, B, C e D apresentaram valores mais altos de compostos fenólicos totais, epicatequina, metilxantinas, cafeína e teobromina. O teor de teobromina foi maior na variedade da amostra C e D. Nas análises dos compostos fenólicos poliméricos, os dois componentes principais explicaram 71,01 % da variabilidade total entre as amostras de cacau caracterizadas fortemente pelos monômeros e dímeros. As características do solo é um dos fatores que podem influenciar na quantidade de compostos fenólicos presentes no cacau e consequentemente na sua qualidade. Esta análise pode ser útil na comercialização de um cacau de qualidade superior, possibilitando destacar os tipos mais promissores de cacau.