Determinação das atividades paraoxonase e arilesterase da enzima PON1 na região do espectro visível em pacientes com dislipidemia: HDL-c baixo e hipertrigliceridemia
Paraoxonase; Arilesterase; PON1; HDL-c; Hipertrigliceridemia
Os distúrbios no metabolismo lipídico e das lipoproteínas (dislipidemias) são comuns na população, e são consideradas fator de risco para doenças cardiovasculares. Estudos têm mostrado o aumento do risco cardiovascular em indivíduos com baixa atividade enzimática paraoxonase de PON1. Contudo, ainda não se sabe por certo o papel da atividade arilesterase de PON1, enzima associada à HDL. Esse estudo de corte transversal objetivou avaliar a atividade arilesterase/paraoxonase da PON1 em amostras de soro de pacientes normolipidêmicos e portadores de dislipidemias como hipertrigliceridemia e HDL-c baixo. Foram avaliadas 60 amostras de soro estratificadas nos 3 grupos citados. Foram determinados os perfis lipídicos, as concentrações de apoA1 e atividade enzimática paraoxonase e arilesterase de PON1 frente aos substratos paraoxon e fenilacetato, respectivamente, por espectrofotometria em modo cinético a 405nm, utilizando leitor de microplacas com 96 poços. Os ensaios realizados demonstraram diferença significativa na atividade enzimática entre os diferentes grupos estudados e uma redução proporcional da atividade enzimática de PON1 comparado aos pacientes normolipidêmicos (p<0,05). Após correção das atividades enzimáticas pela concentração de apoA1, o grupo HDL-c baixo foi o que apresentou maior redução de atividade enzimática e correlação linear positiva quando analisado concentração de HDL-c e apoA1. Houve também dependência diretamente proporcional entre as variáveis atividade enzimática e níveis de apoA1 nas condições de normolipidemia e HDL-c baixo após regressão linear. Os resultados sugerem que em condições de hipertrigliceridemia, existe diminuição da atividade em menor grau quando comparado à condição de HDL-c baixo, onde se observou redução significativa da atividade enzimática de PON1.