Gingando na linha da Kalunga: Capoeira Angola, Engolo e a construção da Ancestralidade
Angola, capoeira , Kalunga , Jogo de corpo , Engolo , Ancestralidade
Esta tese de doutorado Gingando na linha da Kalunga: Capoeira Angola, Engolo e a construção da Ancestralidade realizada no âmbito do programa DMMDC (Doutorado Multi-institucional Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento ) trata do mito do Engolo, uma prática marcial e ritualística encontrada na região sul de angola, que é creditada entre os praticantes e pesquisadores como sendo uma possível gênese da capoeira no Brasil. A tese tenta problematizar os efeitos deste mito, e sua força motriz na propulsão da ancestralidade africana da capoeira angola da Bahia, tentando revelar os efeitos sociais de seus impactos na comunidade angoleira de praticantes de capoeira. Nosso ponto de partida são as gravuras do artista e pesquisador Luso-angolano, Neves de Sousa, que que pintou o engolo e revelou detalhes de sua prática no encontro com folclorista Câmara Cascudo, resultando em troca de informações e cartas, cujos achados e conteúdos revelamos nesta tese. Semelhante encontro ocorreu também entre o pintor e o Mestre Pastinha, criador da capoeira angola, possivelmente no mesmo período. A partir destes elementos, realizamos uma tentativa de revisitar a prática do engolo, em visitas a Angola, realizando incursões entre os anos de 2006 a 2015 que resultaram num filme intitulado “Jogo de Corpo” de caráter documental.