QUANDO A PALAVRA PASSA PELA VOZ: do verbo ler ao verbo contar
Narrativas orais e escrita. Performance; Corpo; Autoficção
QUANDO A PALAVRA PASSA PELA VOZ: Do verbo ler ao verbo contar, foi motivada pelos movimentos acontecidos no ato de contar histórias, manejados por escalas de sentido que as experiências narradoras exercem no corpo em performance, e intenta com uma pesquisa-formação responder sobre a formação do narrador. Com uma linguagem literária autoficcional, tomada por uma perspectiva metodológica pós-estrutural, dialogando com conceitos deleuzianos, principalmente o duplo roubo e o agenciamento, conceitos estes protagonizados pelos deslocamentos ocorridos em torno do conceito de Narrar, a Tese assenta um conhecer específico, mapeado por meio de encontros de pesquisa-formação com professores e encontros de contação de histórias com alunos, entre Brasil (Irecê-BA) e Portugal (Porto). É um conhecer do corpo em exercício sobre os deslocamentos ocorridos na aprendizagem contínua sobre a prática de narrar, numa peculiar reflexão sobre o que ocorre quando a palavra passa pela voz dos professores, e se expande pela recepção das crianças ao ouvir. Os resultados chegam à formação do narrador como um constante processo de agenciamentos, configurados e reconfigurados por encontros entre pessoas, lugares e ideias. Agenciamentos que protagonizam o corpo e a voz que lê e fala a “língua original dos afetos” pela palavra poética, comunicada através da arte de narrar.