DENTRO DESSE MAR TEM RIO: Os movimentos do Abebe para um fazer artístico sobre território
Águas, Abebe, Arte, Arquitetura,Axétetura, Diásporas, Matripotência.
Este trabalho de dissertação propõe uma movimentação teórica a partir da
cosmopoética da relação das águas com a ocupação do Território. Neste trabalho
proponho uma investigação artística pensando o Abebe como teoria e metodologia para
reconhecer as diásporas Africanas e Indígenas através das águas com a Matripotência.
Com isto proponho a possibilidade dos movimentos do Abebe como prática artística
sobre o território para um processo de Educação Ancestral e contra-colonial em
Arquitetura e Urbanismo.
Nos movimentos do Abebe de Yemanja e de Oxum, ora para fora ora para
dentro, que a metodologia de Escrevivência (EVARISTO) se ativa, no processo teórico
de reconhecer na minha trajetória acadêmica dinâmicas que envolvem aspectos físicos–
emocionais e espirituais onde são ativados os eixos da pesquisa – ou seja, refletir o
espelho em mim.
Sobretudo ao fazer estes movimentos de análise de maneira organizada, ao
propor pensar a graduação e o rio da minha cidade, mas também os rios e mares que
atravessam meu emocional e espiritual, com meu Terreiro, com minha família e meu
trabalho artístico.
Estes movimentos do Abebe Teórico, ancorados na Afrocentricidade, em uma
perspectiva de confluência de Diásporas servem para atravessar as águas dentro de um
território em seu aspecto material, simbólico, emocional e espiritual, com o intuito de um
pensar-fazer Matripotente,para se falar de territórios através das pessoas e da arte.