Estudo da Degradação e Sublimação da D-Ribose por Espectroscopia no Infravermelho (FTIR) e Quimiometria
D-Ribose, elétron, degradação, FT-IR, Quimiometria.
A observação de biomoléculas no espaço suscita considerável interesse na comunidade científica. Tal interesse reside na importância da determinação das condições físico-químicas para a compreensão da estabilidade dessas moléculas em ambientes astro-físicos. Em estudos conduzidos em meteoritos, como NWA 801, Murchison e NWA 020, detectou-se uma variedade de açúcares, incluindo a Ribose. Contudo, dados relativos à seção de choque de degradação são limitados, o que poderia contribuir para simulações computacionais. Adicionalmente, informações físico-químicas sobre a estabilidade da ribose necessitam ser elucidadas, visto que a ribose é um dos constituintes fundamentais do RNA. Essa molécula está intrinsecamente ligada à atividade biológica e pode fornecer informações sobre a evolução da complexidade molecular no espaço. Em face dessas evidências, investigamos a eletro-degradação da ribose sob impacto de elétrons com energia de 1 keV, bem como sua sublimação em alto vácuo. Para tal estudo, empregamos as técnicas de FTIR e Quimiometria, PCA e HCA. Como resultado, constatamos que as amostras degradadas formaram uma camada protetora, preservando a Ribose do vácuo, uma vez que as amostras não expostas ao feixe apresentaram absorbância integrada tendendo a zero após algumas horas em alto vácuo. Essa proteção pode justificar a observação de tais açúcares em meteoritos por pesquisadores.